Entre os dias 22 à 25 de Janeiro tivemos a Paris Fashion Week – Alta Costura.
França, especificamente Paris, tornou-se referência de moda desde reinado de Luis XIV – século XVII. Este rei foi o principal responsável por fazer despontar a arte – música, arquitectura e moda em França.
Mesmo após a sua morte, a indústria francesa continuou a investir na moda, mantendo-se até hoje como uma referência de moda.
No seculo XIX, o alfaiate Charles Frederick Worth, um alfaiate inglês – baseado em Paris, em 1868, fundou o sindicato de Costura de França a fim de proteger os seus membros contra cópias. Determinando assim as primeiras regras que definiam que criações poderiam ser consideradas alta costura.
Fala-se também que Worth introduziu o termo “colecções” e tenha iniciado a primeiras versões de desfiles feito por modelos humanos.
Por essas contribuições à indústria na moda, Worth é considerado como pai da alta costura.
Actualmente, para uma casa de moda ser considerada alta costura em França precisa dos seguintes critérios:
Os eventos da Fashion Weeks Haute Couture são compostos por membros permanentes e convidados. E para um membro se tornar permanente, as casas precisam participar ininterruptamente 4 anos como membro convidado. Passado esse período, as casas devem ser patrocinadas pelas casas permanentes.
Esta colecção da Fendi se destaca com saias maxi, vestidos compridos e tops minimalistas, tudo isso em tecidos fluídos e que movimentam. A colecção celebra o corpo e a silhueta. O designer – Kim Jones diz que colecção trata-se da junção da estrutura e decoração.
A colecção apresenta traços românticos. Vestidos rosados, com bordados de flores, encaixados em bustiers, bem característico da marca.
A casa apresentou vestidos em veludo, flumas e tule, volume, muito volume – identidade da marca. Tivemos também o clássico estilo princesinha frufru e vários ombros de fora.
A maison Margiela criou burburinho por causa do seu desfile bem teatral, em que o cenário era sombrio e a maquilhagem dos modelos criava um efeito glass (uma parceria com a Pat Macgrath) .
As peças na sua maioria tinham tons escuros ou transparentes (que emulavam nudez). Para criar a colecção, John Galliano inspirou-se em personagens de aspecto duvidoso que passeavam a beira do rio Sena.
O desfile da Rahul Mishra foi uma desmostração bordados de abelhas, libelulas, borboletas, e reptéis e influências indianas. Cada peça possuía um item de destaque.
Robert diz que esta colecção é inspirada no amor. No amor que ele tem pela família, pelos amigos e pelas cenas dos seus filmes favoritos. Well, bem podemos observar. As peças roçam o bizarro e o terror. Porém não deixam de ser admiravéis.
É sempre díficil escolher favoritos. Existem peças que gostamos em uma determinada colecção, porém existem colecçõe que não nos importavámos de usar todas as peças. Estas são as nossas escolhas:
“Aarohanam” é o nome desta colecção que significa ascensão em sâncrito. Que traduz a transição das trevas à luz. Na paleta de cores o preto representa nada, o laranja a chama e o azul representa o infinito que traz a ascensão. Um significado bastante poético. Assim como a coleção.
O desfile da Valentino foi preenchido peças coloridas, tecidos escorridos e fluidos. Alguns casacos pareciam enfeites de Natal (não no sentido negativo). Seria uma colecção que usaria toda para ir trabalhar (excepto as transparências, claro!)
A peças da colecção foram criadas com o propósito de inspirar confiança do feminino, enfeitadas com acessórios que fazem lembrar jóias, tudo em cores pastéis suaves, metais, vermelhos e espartilhos.
Qual foi a tua colecção favorita? É preciso muito talento, foco e dedicação para fazer essas criações todas a mão. Gostaste da nossa review? Conta-me nos comentários.