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PARIS FASHION WEEK SS24 – Haute Couture

Bonecas assustadoras, tecnologia e inovação e inspiração no bizarro. Esses foram os destaques da fashion week da alta costura em Paris.
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Fonte: Getty Images / Schiaparelli

Paris? Oui!

Entre os dias 22 à 25 de Janeiro tivemos a Paris Fashion Week – Alta Costura.

França, especificamente Paris, tornou-se referência de moda desde reinado de Luis XIV – século XVII. Este rei foi o principal responsável por fazer despontar a arte – música, arquitectura e moda em França.


Mesmo após a sua morte, a indústria francesa continuou a investir na moda, mantendo-se até hoje como uma referência de moda.

No seculo XIX, o alfaiate Charles Frederick Worth, um alfaiate inglês – baseado em Paris, em 1868, fundou o sindicato de Costura de França a fim de proteger os seus membros contra cópias. Determinando assim as primeiras regras que definiam que criações poderiam ser  consideradas alta costura.

Fala-se também que Worth introduziu o termo “colecções” e tenha iniciado a primeiras versões de desfiles feito por modelos humanos.
Por essas contribuições à indústria na moda, Worth é considerado como pai da alta costura.

 

Actualmente, para uma casa de moda ser considerada alta costura em França precisa dos seguintes critérios:

  • As peças precisam ser feitas sobre medida;
  • Os ateliers dessas casas precisam estar sediadas em Paris;
  • As roupas precisam ser costuradas à mão;
  • Os ateliers precisam ter pelo menos 20 pessoas no staff, entre costureiros, alfaiates, especialistas em bordados, etc;
  • As casas precisam realizar 2 desfiles por ano (Janeiro e Julho); e
  • Devem apresentar pelo menos 25 looks por colecção.

     

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Os eventos da Fashion Weeks Haute Couture são compostos por membros permanentes e convidados. E para um membro se tornar permanente, as casas precisam participar ininterruptamente 4 anos como membro convidado. Passado esse período, as casas devem ser patrocinadas pelas casas permanentes.

FENDI

Esta colecção da Fendi se destaca com saias maxi, vestidos compridos e tops minimalistas, tudo isso em tecidos fluídos e que movimentam. A colecção celebra o corpo e a silhueta. O designer – Kim Jones diz que colecção trata-se da junção da  estrutura e decoração.

GUALTIER

A colecção apresenta traços românticos. Vestidos rosados, com bordados de flores, encaixados em bustiers, bem característico da marca.

Giambattista Valli

A casa apresentou vestidos em veludo, flumas e tule, volume, muito volume – identidade da marca. Tivemos também o clássico estilo princesinha frufru e vários ombros de fora.

Maison Margiela

A maison Margiela criou burburinho por causa do seu desfile bem teatral, em que o cenário era sombrio e a maquilhagem dos modelos criava um efeito glass (uma parceria com a Pat Macgrath) .

As peças na sua maioria tinham tons escuros ou transparentes (que emulavam nudez). Para criar a colecção, John Galliano inspirou-se em personagens de aspecto duvidoso que passeavam a beira do rio Sena.

Raul Mishra

O desfile da Rahul Mishra foi uma desmostração bordados de abelhas, libelulas, borboletas, e reptéis e influências indianas. Cada peça possuía um item de destaque.

Robert Wun

Robert diz que esta colecção é inspirada no amor. No amor que ele tem pela família, pelos amigos e pelas cenas dos seus filmes favoritos. Well, bem podemos observar. As peças roçam o bizarro e o terror. Porém não deixam de ser admiravéis. 

Os nossos favoritos

É sempre díficil escolher favoritos. Existem peças que gostamos em uma determinada colecção, porém existem colecçõe que não nos importavámos de usar todas as peças. Estas são as nossas escolhas:

 

 

1. Schiaparelli

Esta colecção foi inspirada em observações do tio (cientista e astrónomo) da Elsa Schiaparelli à Marte e as suas raízes texanas. As criações foram inspiradas pelo fascínio humano suposta existência de criaturas fora do planeta Terra. Cada peça é uma obra de arte. 
 
2. Gaurav Gupta

“Aarohanam” é o nome desta colecção que significa ascensão em sâncrito. Que traduz a transição das trevas à luz. Na  paleta de cores o preto representa nada, o laranja a chama e o azul representa o infinito que traz a ascensão. Um significado bastante poético. Assim como a coleção.

3.Valentino

O desfile da Valentino foi preenchido peças coloridas, tecidos escorridos e fluidos. Alguns casacos pareciam enfeites de Natal (não no sentido negativo). Seria uma colecção que usaria toda para ir trabalhar (excepto as transparências, claro!)

4.Tamara Ralph

A peças da colecção foram criadas com o propósito de inspirar confiança do feminino, enfeitadas com acessórios que fazem lembrar jóias, tudo em cores pastéis suaves, metais, vermelhos e espartilhos.

Qual foi a tua colecção favorita?  É preciso muito talento, foco e dedicação para fazer essas criações todas a mão. Gostaste da nossa review? Conta-me nos comentários.

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